Sobre nós
A Lanugo, especializada na fabricação de ceras naturais, está no mercado de fabricação de ceras desde 22 anos . Porém, esta especialização teve início em 1980 quando sua idealizadora se formou em estética facial e corporal pelo Senac.
Na época, as ceras existentes no mercado eram as tradicionais ceras frias e a cera quente, que, escandalosamente, era 100% reciclada perante sua cliente como se fosse o procedimento corriqueiro. Comprava-se uma termocera e, como acessório, levava-se uma peneira para filtrar a cera e separar os pelos enquanto era feita a depilação. Que absurdo! Um crime contra a saúde pública, até hoje, muito praticado, apesar das inúmeras doenças contagiosas como, por exemplo, a AIDS, a Hepatite, etc., e do excelente trabalho da vigilância sanitária que ainda não conseguiu por fim a este absurdo.
Entusiasmada pela depilação, não aceitava as praticas escabrosas realizadas com cera quente, e a cera fria era muito torturante para ser usada em virilha, axilas e rosto. Como depiladora, percebeu que o modo de se manusear o papel, com o qual se fazia a depilação, poderia ir além daquele que ela havia aprendido no curso de estética corporal. Na aula de depilação, havia uma enorme preocupação em se esticar a pele, com uma das mãos, enquanto que com a outra se fazia a puxada da cera, pois,do contrário, a pele iria junto e o hematoma surgiria. Ou seja, uma mão protegia a pele das agressões que a outra poderia fazer por culpa de um papel de depilação muito pequeno.
Para melhorar a técnica de puxar, deixou de se usar o papel celofane que já vinha pronto, por ser muito pequeno e dificultar a pegada durante o manuseio. Pegou a folha de celofane inteira e recortou o papel maior, mais longo, diferente do que é ainda hoje, na forma quadrada. Desta forma, sobrava uma parte maior para melhorar o apoio. O modo de puxar mudou. Acabou-se aquela preocupação de ter que esticar a pele para não deixar hematoma e o nível de dor caiu muito. Mas ainda não era o ideal. A cera era muito viscosa e muito aderente à pele. Depilar virilha, axilas e rosto eram torturantes.
Certa vez acompanhou uma amiga na casa de um parente. A família era de origem egípcia. Chegando à casa, a matriarca cozinhava uma cera de depilação feita com mel e mais alguns ingredientes. Depois de fria, fazia uma bolinha com a cera, esticava na pele e puxava a própria cera sem a ajuda de papel. Os pelos iam acumulando na bolinha que depois era descartada. Ela experimentou a depilação com a cera e ficou entusiasmada; não tinha os visgos da cera fria e sujeira era removida com água. Aquilo era uma maravilha. A matriarca vendo seu entusiasmo chamou-a na cozinha, botou os ingredientes no fogo e ensinou a como é que fazia aquela maravilha.
De volta a sua casa, fez a cera, mas, na pratica, não conseguiu se adaptar a ela. O manuseio direto com a mão era muito incômodo. A cera derretia com o calor e dificultava o trabalho. O calor do nosso Brasil não colaborava e ela resolveu mudar. Colocou a cera em um aparelho aquecedor para derreter, passou com espátula uma camada muito fina e colocou o papel celofane. Aparentemente, tinha dado certo, porém, a cera, agora mais mole, com o plástico celofane, não apresentou o resultado esperado. Experimentou um tecido de algodão, por ser absorvente, e o resultado foi fantástico.
O aperfeiçoamento da técnica de manuseio do papel celofane, ocorrida no início, para amenizar a dor da cera fria, foi praticado com o tecido de algodão para remover a nova cera. O nível de dor caiu ainda mais graças a baixa viscosidade da cera natural que não chegava a 20% da cera fria. Agora a mão que puxa o papel protege a pele das agressões e a outra só alisa. Porém, o sucesso teve um preço. Caso se jogasse fora todas as faixas de tecido, o custo da depilação ficava inviável. Naquela época, 1982, não existia os papeis descartáveis de depilação que tem hoje. Comercialmente, ele apareceu bem depois, na década de 90, junto com o Rollon. O tecido de algodão tinha que ser grosso e custava caro. A solução era lavar aquelas faixas de tecido. Era nojento, sem contar o trabalho e o entupimento da rede de esgoto.
Cansada de lavar e higienizar uma infinidade de faixas cheias de pelos todos os dias, foi à luta, na tentativa de descobrir uma alternativa mais plausível. Nascida e criada em berço de costureiras, não foi difícil achar a solução. A entretela usada em roupa foi a salvação. O custo era viável, podia ser descartado, e estava disponível em gramaturas variadas.
A nova depilação fez grande sucesso. Era muito mais confortável do que a cera fria e 100% higiênica, depois da descoberta do papel descartável. Um alívio para as pessoas que não aceitavam a depilação com cera reciclada e só tinha a cera fria como alternativa. O fator hidrossolúvel era uma benção para a cliente e para a depiladora. A manutenção da limpeza dos equipamentos de trabalho e do ambiente era muito mais fácil.
Pioneira na renovação da técnica de uso da cera egípcia e na utilização do papel descartável para depilação, por 20 anos trabalhou como depiladora em sua clínica de depilação com horários disputados em sua agenda. Foi inspiração para muitas outras depiladoras a quem ensinou a arte do ofício de coração, do mesmo modo que lhe foi ensinada. Não as via como concorrentes e, sim, a oportunidade de passar adiante o presente que Deus e aquela senhora haviam lhe dado.
No ano 2000, realizada profissionalmente, deu início à segunda etapa do seu plano de vida: fabricar a cera egípcia em grande escala e ensinar às profissionais as técnicas de depilação que tanto contribuíram com seu sucesso. Afinal de contas, por melhor que seja uma cera, ela não é nada sem uma boa técnica de uso. Em depilação, a depiladora faz muita diferença.
Para isso despediu-se de suas clientes, encaminhou-as para as suas herdeiras de profissão e mudou-se para Minas Gerais. Escolheu uma cidade pequena e muito aprazível onde poderia viver e trabalhar sem as neuroses das grandes cidades e fez nascer a Lanugo: cera egípcia natural com mel, uma cera comercial, disponível nas perfumarias em vários tamanhos. A linha também possui o papel de depilação, hoje fabricado especificamente para esta finalidade, disponibilizado em tamanho extra, mais largo e mais longo:10x30 cm, muito diferente dos papéis de depilação da concorrência. O objetivo do tamanho deste papel é não sujar a mão e proporcionar um melhor apoio na pegada para fazer uma puxada mais segura.
Dez anos depois, atendendo aos apelos dos profissionais de beleza que buscam sempre produtos exclusivos para seus clientes, nasce a Phitocera. Exclusiva para profissionais, uma nova versão da cera egípcia, agora com substancias calmantes como a camomila e calêndula, que deixou a cera egípcia ainda mais delicada. Natural e hidrossolúvel, como todas as ceras fabricada pela empresa, é também dermatologicamente testada e certificada como hipoalergênica pelo CEPAD- Centro Paulista de Avaliação Dermatocosmética.
Sua filosofia é instruir os consumidores para que, ao optarem por seus produtos, façam escolhas conscientes. Afinal, não fabricamos, nem vendemos, ilusão. Mas, antes de tudo, segurança e confiança em seus produtos.